O Agro é pesquisa, o Agro é ciência. Muito embora haja dinamismo e inúmeras áreas de atuação dentro do agronegócio brasileiro, o seu sucesso e soberania se mantém intocáveis há muitas décadas, respaldados por significativos investimentos público-privados em pesquisa agrícola.
Contudo, ironicamente, o brasileiro que não atua nessa área comumente desconhece a vitalidade da ciência para a sua própria sobrevivência.
Este fato acende o alerta para a necessidade de um melhor entendimento da população acerca da relação entre os avanços tecnológicos e de pesquisa com a produção de alimentos e de como isso influencia diretamente o seu cotidiano.
A redução do preço da cesta básica, por exemplo, ilustra bem como a rotina acelerada e a dificuldade do brasileiro em superar os desafios diários resulta em um desconhecimento perigoso sobre do que se originou tal redução. Trata-se de algo tão diretamente ligado à sua vida e, de certa forma, subestimado.
De 1975 a 2020, o custo da cesta básica na cidade de São Paulo, centro financeiro do país, teve uma queda de 40,7% ao passar de R$1065,44 para R$631,46, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), compilados pela Embrapa. (Os valores anteriores a julho de 1994 foram atualizados para reais).
Muito mais do que uma eventual economia no supermercado, um dos fatores que resultaram na redução do valor da cesta básica foi o desenvolvimento da soja tropical. Incontáveis horas de estudo, profissionais e testes aconteceram para que, mesmo com a pluralidade do clima no país, fosse possível cultiva-la em todo território nacional.
As transformações que deram início a essa realidade começaram nos anos 70, quando se iniciaram investimentos para capacitação de pesquisadores no exterior, assim como a implementação grandes centros de pesquisa, muito bem equipados e modernos, que possibilitaram os desenvolvimentos tecnológicos necessários para mudar a agricultura brasileira permanentemente.
Hoje o orçamento público, somente para a Embrapa, maior empresa pública de pesquisa agropecuária do país, é de R$3,4bi, e ainda conta com investidores como associações e cooperativas, universidades, organizações internacionais, empresas privadas e bancos, totalizando mais R$78mi em investimentos para projetos de pesquisas.
A realidade da agricultura brasileira já é destaque internacional e gera elogios pelo mundo todo. Contudo, essa colheita poderia ser ainda maior em um cenário onde a maioria dos brasileiros passassem a associar os avanços da ciência com a produção de alimentos. Uma crença bem difundida pode gerar mais interesse público, que despertaria interesse de mais investidores, estimulando ainda mais as pesquisas que geram tecnologias que estruturam a melhoria e o aumento da produção. Em decorrência, a maior disponibilidade de alimentos baratos e de qualidade acarreta na melhoria da alimentação e renda da população.
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